GRUPOS DE TRABALHO
GT 1: MODERNISMO E LITERATURA BAIANA
Profª. Drª. Esmeralda Guimarães Meira; Profª. Fernanda Pessoa
Propõe-se exposição de pesquisas sobre a recepção crítica da produção literária brasileira, com ênfase a obras de autoria baiana do século XX e suas relações com o modernismo brasileiro, destacando fatores que antecederam as referidas produções, assim como seus desdobramentos. Nosso objetivo é abrir espaço para identificar aspectos históricos, culturais, socioeconômicos que contribuíram com as produções literárias; destacar as relações entre história, memória e literatura; reconhecer a diversidade dos espaços baianos assim como as relações estabelecidas com a cultura dos sujeitos históricos, seus sentimentos e aspectos sociais retratados nas obras; discutir as diferentes representações que as obras propõem a partir da linguagem literária e sua correlação com as demais artes e linguagens.
GT 2: NARRATIVAS CONTEMPORÂNEAS NEGRAS BRASILEIRA E AFRICANAS EM LÍNGUA PORTUGUESA
Profa. Dra. Zoraide Portela da Silva; Profa. Ma. Rozânia Alves Magalhães Silva
O GT pretende acolher estudos que abordem o processo de transformação das narrativas contemporâneas produzidas nos fins do século XX e nos primeiros anos do século XXI, associando-as às diretrizes da Lei 10.639/2003. Nesse sentido, as noções de etnia, raça e gênero podem ser retomadas nas textualidades comparativas/contrastativas produzidas por mulheres negras e homens negros oriundos de espaços que passaram por traumas intensos como a escravatura e o colonialismo.
GT 3: CULTURA E LITERATURA POPULAR
Profa. Dra. Zélia Malheiro Marques; Prof. Me. Rogério Soares Brito
A proposta é discutir cultura e literatura popular em entrelaçamento com estudos da História Cultural, da História da Leitura e da História das Culturas. Recorre-se às fontes escritas ou não, dando ênfase à literatura popular através de práticas educativas em promoção social, muitas vezes, são ações que indicam a singularidade do lugar, de sujeitos comuns e anônimos. Por esse viés, busca-se contribuir pelo entendimento do modo como essas pessoas, em diversos períodos, realizaram práticas culturais e de literatura popular, o que é salutar tirá-las da invisibilidade social.
GT 4: TRANSFORMAÇÕES, TRANSGRESSÕES E RUPTURAS NAS ARTES PLÁSTICAS, NA MÚSICA, NO TEATRO E NA LITERATURA
Profa. Ma. Valquíria Dias de Almeida; Prof. Me. Victor Pereira Sousa
Em um contexto de produção aquecido pela Semana de Arte Moderna de 1922, o Brasil viu surgir obras que o fez rever seus modelos de composição artística na tentativa de (re)construir a cultura brasileira sobre bases nacionais. Cem anos depois, a questão que se coloca é: como os ecos desse movimento ainda reverberam nas produções artísticas de agora, as quais atualizam e moldam o nosso entendimento do que é ser brasileiro na atualidade? Frente a isso, este GT almeja articular um diálogo entre estudantes/pesquisadores cujos trabalhos focalizem as transformações, as transgressões e/ou as rupturas nas artes plásticas, na música, no teatro e na literatura.
GT 5: DISCURSOS E(M) LUTAS: PRÁTICAS IDENTITÁRIAS E DECOLONIAIS
Profa.Dra. Sidnay Fernandes dos Santos; Profa. Dra. Miriam Ribeiro de Oliveira; Profa. Ma. Lucélia Alves Magalhães Silva
Este Grupo de Trabalho tem como proposta colocar em diálogo trabalhos acadêmicos de pesquisa, extensão e ensino que se pautam em teorias discursivas das mais variadas vertentes. Práticas discriminatórias e segregadoras materializadas na/pela linguagem propiciam, de um lado, a perpetuação de preconceitos, intolerância, ódio e, de outro, a emergência de movimentos de resistências/lutas pelos grupos colocados em posição de subalternização e/ou exclusão. Modos distintos de escrever e de significar acontecimentos históricos podem estar inscritos em posicionamentos discursivos cujos sentidos produzidos se processam, por vezes, em relação aos embates e às disputas. Opressões impostas às maiorias socialmente minorizadas - mulheres, negras e negros, sertanejo(a)s, nordestino(a)s, campesino(a)s, populações ribeirinhas, indígenas, comunidades LGBTQIA+, pobres etc - , nos mais diversificados campos (artístico, literário, educacional, científico, publicitário, jornalístico, midiático, digital etc.) e nos mais variados gêneros discursivos requerem lutas pela superação de desigualdades que nos interessam discutir neste evento acadêmico. Com base nessas questões, este GT acolhe pesquisas concluídas ou em andamento que tratam de discursivizações acerca de identidades e subjetividades, desdobramentos advindos dos movimentos da Semana de Arte Moderna.
GT 6: INFÂNCIAS, NARRATIVAS, GÊNEROS E LETRAMENTOS
Profa. Dra. Luciete Cassia Souza Lima Bastos; Profa. Dineuza Neves da Silva;
A Semana de Arte Moderna foi um manifesto simbólico desejoso de cultivar uma arte genuína brasileira que deu origem, a posteriori, a muitos desdobramentos e rupturas. O seu legado foi imenso, não apenas nas artes plásticas e literárias, mas também nos prepararam para refletir cultural e politicamente sobre os problemas de nosso tempo. A pandemia dos dois últimos anos, desencadeou antinomia entre coletivo e individual, em diferentes contextos históricos e sociais, com diversificadas formas de ser, de sentir, de atuar, de se interpretar e de interpretar o outro e o mundo, reverberando de diferentes formas na vida das pessoas e gerando condições de socialização familiares, grupais e globais singulares. A criança busca encontrar-se em meio a esse redemoinho de informações. Hoje, passamos por um momento conturbado de retrocesso, o crescimento do conservadorismo no mundo e do fascismo no Brasil, uma revisitação a um movimento anticivilizatório, gestado pela tirania da elite financeira, situação que reivindica urgência de reflexões e discussões coletivas em todos os segmentos sociais como forma de resistência pela democracia, pelas artes, pela cultura, pela diversidade e pelas infâncias. Este GT tem por objetivo consolidar um espaço de interlocução entre pesquisadores/as oriundos(as) de diferentes instituições de ensino superior, que produzem sobre as infâncias em suas múltiplas intersecções, com sólida base teórica e em diálogo com outras áreas. Este objetivo consolida-se na trajetória do Grupo de Pesquisa Estudos e Culturas das Infâncias- GEPCI desde a sua criação, o que pode ser constatado na produção de seus membros, o que tem contribuído para uma aproximação e parceria com outras instituições. Neste cenário, propomos discutir e produzir epistemologias e metodologias sobre as infâncias e dinâmicas que as envolvam em diferentes experiências e contextos como, por exemplo: as narrativas de trajetórias sobre/com infâncias em ambiente educacional formal e não formal; infâncias e discriminação de gênero: proteção, direitos, legislação; infâncias e exploração: trabalho, sexual e violência; criança em situação de vulnerabilidade: discriminação, bullyng, abandono e saúde mental; leitura e letramentos na infância: literatura, artes plásticas, digitais; criança: brinquedos e brincadeiras em diferentes espaços sociais.
GT 7: FORMAÇÃO DOCENTE: CURRÍCULO E PRÁTICAS DE ENSINO
Profa.Dra. Aparecida de Fátima Brasileiro Teixeira; Prof. Dr. Ginaldo Cardoso de Araújo; Profa. Dra Rayana Thyara de Lima Rêgo Ladeia
O GT 7 Formação docente: currículo e práticas de ensino tem como objetivo temático discutir, analisar e refletir sobre as políticas públicas e a formação docente com inserção nas áreas de ensino e a atuação nas práticas pedagógicas. O GT receberá pesquisas, relatos de experiência e outros estudos sobre o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), Residências Pedagógicas, Estágio Supervisionado, além de abarcar outras iniciativas de formação de professores para a educação básica.
GT 8: HISTÓRIA, CULTURA E PATRIMÔNIO
Profa. Dra. Lielva Azevedo Aguiar; Profa. Maria Auxiliadora Ledo
Este grupo temático visa reunir investigações e experiências diversas que contemplem a interface entre história, cultura e patrimônio. Tem como objetivo fomentar trocas de saberes e de práticas de pesquisa ligadas à temática em destaque, bem como divulgar iniciativas individuais ou coletivas de promoção cultural, de preservação patrimonial, de gestão de acervos, de processos de musealização, de constituição de movimentos artísticos, literários e culturais os mais diversos. Pretende-se, também, dialogar com experiências educativas – formais e não formais – que tenham como bojo a produção de conhecimento a partir da história, da cultura e/ou do patrimônio, desenvolvidas nas escolas, nos museus, nas instituições culturais, nas secretarias municipais, nas comunidades e grupos diversos. Por fim, destaca-se que com o alargamento da noção de patrimônio cultural, interessa-nos observar o entrelaçamento de experiências materiais, imateriais, territoriais, literárias, artísticas, históricas e políticas que, em essência, constituem a ação humana.
GT 9: LITERATURA, MÚSICA E MEMÓRIAS
Profa. Ms. Núbia Maria de Brito Silva; Dra. Maria Goreth e Silva Nery; Dr. Glauber Barros Alves Costa
Em 1922, a Independência do Brasil completava cem anos, o país passava por diversas modificações sociais, políticas e econômicas. Emerge de todo esse cenário uma necessidade pulsante dentro do universo das artes de recorrer a uma nova estética. Com esse intuito a Semana de Arte Moderna, que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo entre os dias 13 a 18 de fevereiro de 1922, se transformou em um grande marco para o desenvolvimento do modernismo e consequentemente para evolução e transformação dos referenciais em arte e cultura no nosso País. Inspirados pelas vanguardas europeias, inicia-se uma construção de uma identidade da arte brasileira e, por conseguinte de sua valorização. Com o desígnio de ampliar e estabelecer um elo com essas vertentes, a proposta do GT é de incitar o desenvolvimento de diálogos através de apresentações de trabalhos de fontes escritas ou não, sobre Literatura, música e memórias. Entrelaçando-se com as Práticas Pedagógicas Significativas, Regionalidade, Experiências Educacionais, entre outros elementos significativos que possibilitem uma interlocução entre os mais diversos campos do saber.